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Iron Maiden em apresentação em 2008 durante o Somewhere Back in Time World Tour. Da esquerda para a direita: Bruce Dickinson, Adrian Smith, Steve Harris, Dave Murray e Janick Gers. |
Informação geral |
Origem |
Londres, Inglaterra |
País |
Reino Unido |
Gêneros |
Heavy metal |
Período em atividade |
1975 - atualmente |
Gravadora(s) |
EMI |
Afiliações |
Urchin, Gogmagog, Samson, Praying Mantis, Psycho Motel, The Entire Population of Hackney, ASAP |
Página oficial |
www.ironmaiden.com |
Integrantes |
Bruce Dickinson Dave Murray Adrian Smith Janick Gers Steve Harris Nicko McBrain |
Ex-integrantes |
Paul Andrews Paul Di'Anno Blaze Bayley Clive Burr Dennis Stratton Terry Rance Ron Matthews Dennis Wilcock Bob Sawyer Terry Wapram Thunderstick Tony Moore Doug Sampson Tony Parsons Paul Todd Paul Cairns
Iron Maiden é uma banda britânica de heavy metal, formada em 1975 pelo baixista Steve Harris, ex-integrante das bandas Gypsy's Kiss e Smiler. Originária de Londres, foi uma das principais bandas do movimento musical que ficou conhecido como NWOBHM (New Wave of British Heavy Metal). O nome "Iron Maiden" alguns dizem que foi inspirado em um instrumento de tortura medieval que aparece no filme O Homem da Máscara de Ferro. Esse também era o apelido da ex-primeira ministra britânica Margaret Thatcher, que aparece nas capas dos compactos "Women in Uniform" e "Sanctuary".
Com mais de três décadas de existência, quinze álbuns de estúdio, seis álbuns ao vivo, catorze vídeos e diversos compactos, o Iron Maiden é uma das mais importantes e bem sucedidas bandas de toda a história do heavy metal, tendo vendido mais de 85 milhões de álbuns registrados em todo o mundo. Seu trabalho influenciou diversas bandas de rock e metal. Eles são citados como influência por bandas como Hazy Hamlet, Anthrax, Angra, Metallica, Helloween,[4] Death, Megadeth, Dream Theater, Blind Guardian, Mystery, entre muitos outros.
O Iron Maiden quase nunca canta sobre drogas, sexo, bebida ou mulheres. As letras das músicas da banda, diferentes das outras bandas de Heavy metal, eram baseadas na literatura inglesa e em fatos históricos.
Em 2002, a banda recebeu o prêmio Ivor Novello em reconhecimento às realizações em um parâmetro internacional como uma das mais bem-sucedidas parcerias de composição da Inglaterra. Durante a turnê americana de 2005, foi adicionada à Calçada da Fama de Hollywood. A banda também está presente nas principais listas de maiores bandas de rock de todos os tempos.
O Maiden já encabeçou diversos grandes eventos, entre eles Rock in Rio, Monsters of Rock em Donington, Ozzfest ao lado do Black Sabbath, Wacken Open Air, Gods of Metal, Lollapalooza, Download Festival e os Festivais de Reading e Leeds.
A banda têm diversas canções baseadas em lendas, livros, histórias e filmes, entre as quais The Phantom of the Opera, The Wicker Man, The Prisoner, Stranger in a Strange Land - que é um romance de ficção científica de 1961, escrito por Robert A. Heinlein, Murders In The Rue Morgue, Flight of Icarus, Where Eagles Dare, Rime of the Ancient Mariner - baseada no poema de Samuel Coleridge -, To Tame a Land - da série de ficção científica Duna, de Frank Herbert - e The Trooper - canção baseada no romance The Charge of The Light Brigade, "Sun and Steel" baseada na história do samurai Miyamoto Musashi, que é contada no livro "Musashi" de Eiji Yoshikawa, e também a música Alexander The Great, que fala sobre a vida do rei da macedônia, Alexandre, o Grande. O que contribui para isso é o fato de o baixista Steve Harris ser um estudioso de história, principalmente egípcia, e o vocalista Bruce Dickinson ser formado no curso de história.
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História
O Iron Maiden formou-se no dia de Natal de 1975, logo após o baixista Steve Harris deixar o seu antigo grupo, Smiler. Depois de ter suas composições rejeitadas por várias bandas nas quais participava, Steve Harris decidiu criar sua própria banda, se juntando com o guitarrista Dave Murray alguns meses depois. Trinta e cinco anos depois, os dois ainda permanecem como membros do Iron Maiden.
O início
A primeira formação da banda juntava Steve Harris a Paul Day (vocal), Dave Sullivan e Terry Rance (guitarras) e Ron Matthews (bateria). Paul Day foi mais tarde substituído por Dennis Wilcock (grande admirador do Kiss) que usava fogo, maquilagem e sangue falso no palco e que trouxe Dave Murray para a banda, tendo como consequência a saída da primeira dupla de guitarristas. Bob Sawyer entrou na banda no final de 1976 como segundo guitarrista, mas como tinha ciúmes de Murray, virou Dennis Wilcock contra Dave e Dennis sugeriu a expulsão dele. Bob não ficou para trás e por suas atitudes errôneas no palco, foi junto em Julho de 77. Ron Matthews aguentou um pouco mais. Havia um guitarrista de uma banda chamada Hooker que o Maiden via tocar nos pubs: Terry Wapram. Após uma audição, a banda convidou-o para entrar e Wapram realizou alguns shows como único guitarrista. Pouco após isso, Ron saiu (não se sabe ao certo se por influência de Wilcock, como relatou no Early Days). Dave Murray juntou-se ao seu amigo Adrian Smith na banda Urchin em 1977, enquanto que os Iron Maiden passavam um mau bocado: Steve e Dennis chamaram Thunderstick (Barry Graham) (bateria) Tony Moore (teclado), mas após um concerto perceberam que o teclado não seria um bom substituto para a segunda guitarra. A banda ficou descontente e o clima foi ficando ruim até que após poucos ensaios, Moore decidiu sair. Nesse momento, Harris foi a um ensaio do Urchin para chamar Murray de volta para banda, o que aconteceu com sucesso. Mas Wapram, indignado porque perderia parte das atenções, não aceitou Murray de volta e foi convidado a sair. Com Murray de volta e apenas 4 integrantes, a banda decide marcar um show no Bridgehouse e outro no pub Green Man. O primeiro foi um fiasco, depois do baterista ter errado em várias músicas e gritar para o público se calar. Nessa época Wilcock já havia espalhado para alguns fãs que pretendia sair da banda e o show havia gerado alguma expectativa em torno disso também. Foi o que aconteceu. No intervalo entre o Bridgehouse e o Green Man, Dennis não disse nada e não compareceu no pub. Harris foi até sua casa, mas o vocalista se negou a cantar um último show. Arrasado, Harris voltou para cumprir com o acordo e os Maiden se apresentaram como um trio em Abril de 78, com Steve Harris, Dave Murray e Thunderstick. Steve expulsou o baterista, já contando com Doug Sampson para o posto. Com esse novo trio, os Maiden passariam cerca de 6 meses ensaiando antes tocar ao vivo ou arrumar qualquer outro integrante.
The Soundhouse Tapes (1978-79)
The Soundhouse Tapes vendeu rapidamente todas as suas 5 mil cópias, trazendo maior notoriedade para a banda, que graças ao sucesso do EP assinou contrato com a gravadora
EMI.
[8]
Em 1978, Harris encontrou um novo vocalista: Paul Di'Anno. A banda sempre rejeitou o punk, mas com a chegada de Paul Di'anno, que era um fã de Ramones, Pistols e Clash e um dos poucos membros dos Maiden que tiveram cabelo curto, os Maiden precisaram abrir sua sonoridade para músicas mais rápidas e mais diretas, procurando focar no heavy metal que renascia mesmo que timidamente. Durante anos a banda foi pressionada pelas gravadoras para cortar seu cabelo e sacrificar o som do Metal (segundo as mesmas) a favor de uma imagem mais Punk. Mas com Dianno como líder, a banda pôde mixar os dois estilos e fazer um próprio, juntando o metal com o punk. Eles misturavam temas clássicos, ritmos de metal empolgantes e riffs de guitarra bem Hardcore e rápidos.
Os Iron Maiden foram a sensação do circuito do rock inglês de 1978. A banda tocava sem parar havia três anos ganhando um tremendo número de fãs, mas mesmo assim até essa época, eles nunca tinham gravado nada. No ano novo de 1978, a banda gravou uma das mais famosas demo tapes da história do rock, The Soundhouse Tapes. Com apenas três faixas, a banda vendeu todas as cinco mil cópias imediatamente, e não distribuiu a demo novamente até 1996. Cópias da versão original são vendidas hoje em dia por milhares de dólares. Duas das faixas da demo, "Prowler" e "Iron Maiden", ficaram em primeiro lugar nas paradas de metal inglesa. Em muitas das formações antigas dos Iron Maiden, Dave Murray era acompanhado de outro guitarrista, mas grande parte de 1977 e todo o ano de 1978, Murray foi o único guitarrista dos Maiden. Durante o ano de 1979 a banda teve vários segundos guitarristas sucessivos, tais como Paul Carns, Paul Todd e Tony Parsons. No fim do ano, o baterista Doug Sampson abandonou a banda por motivos de saúde. Em Novembro de 1979, a banda assinou contrato com uma gravadora de renome, a EMI, uma parceria que se mantem até aos dias de hoje. Poucos antes de entrar em estúdio, Parsons foi substituído pelo guitarrista Dennis Stratton, que trouxe Clive Burr, um amigo seu, para a bateria. Inicialmente a banda queria contratar o melhor amigo de Dave Murray, Adrian Smith, mas Smith estava ocupado tocando guitarra e cantando com sua banda Urchin.
Os Primeiros Anos
Iron Maiden (1980)
Iron Maiden, o primeiro álbum da banda, foi lançado em 1980 e foi um sucesso comercial e de crítica. A banda abriu os concertos do Kiss na turnê europeia do álbum Unmasked, e também abriu diversos concertos do Judas Priest e tocando ao lado do UFO no Reading Festival que ocorreu naquele mesmo ano na Inglaterra. Depois da turnê do Kiss, Dennis Stratton foi despedido da banda por questões de criatividade e diferenças pessoais. Segundo Dennis, ele fora demitido porque era muito influenciado pela músicas dos Eagles e também por George Benson não agradando Steve Harris e companhia. Segundo relatos dados por Steve Harris, Dennis não tinha a musicalidade que a banda procurava, se negando a usar roupas como as que os demais membros da banda usavam e compor músicas.
Killers (1981)
Com a saída de Dennis, entrou na banda Adrian Smith, que trouxe uma nova melodia ao grupo. Seu estilo meio blues meio experimental era completamente o oposto da velocidade de Murray, o que deu um aspecto interessante à banda. As duas guitarras se completavam, e com eles não existia a noção de guitarra solo e guitarra base, ambos solavam e ambos tinham notoriedade na banda, dando um aspecto harmonioso de duas conduções. Esse estilo já existia em bandas como Wishbone Ash e The Allman Brothers Band, mas ganhou um nível de destaque no Iron Maiden.
Em 1981, o Maiden lançou seu segundo álbum, intitulado Killers, contendo os primeiros grandes sucessos da banda. Com o aumento de sua popularidade, eles foram introduzidos à audiência nos Estados Unidos. Killers ficou marcado como um dos álbuns mais rápidos e pesados da banda.[9]
Anos dourados
The Number of the Beast (1982)
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"Run to the Hills" |
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"Run to the Hills" foi o primeiro single de The Number of The Beast e o primeiro lançamento da banda com Bruce Dickinson. |
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O Iron Maiden nunca foi conhecido por usar drogas, e eram extremamente perfeccionistas no palco e estúdio. O vocalista Paul Di'anno, por outro lado, sempre mostrou um comportamento autodestrutivo, particularmente no que diz respeito ao uso da cocaína, afetando consideravelmente suas apresentações. Justamente quando a banda começava a ficar famosa nos Estados Unidos, Dianno foi demitido do Maiden por "não ter energia e carisma no palco". Em 1982, a banda substituiu Dianno pelo vocalista do Samson, Bruce Dickinson. Bruce entrou na banda, mas exigiu ficar com cabelo comprido e disse que só iria usar as roupas que ele gostava, já demonstrando muita atitude, traço característico de sua personalidade, o que geraria algumas polêmicas anos mais tarde.
Dickinson mostrou uma diferente interpretação das canções da banda, dando-lhes um tom mais melódico. O álbum de estreia de Dickinson nos vocais do Maiden foi em 1982, com The Number of the Beast. Esse álbum foi um sucesso de vendas e atingiu o topo das paradas em todo o mundo, trazendo canções "The Number of the Beast", "Run to the Hills", "Children of the Damned" e "Hallowed Be Thy Name". Pela primeira vez, a banda saiu em uma turnê mundial, visitando os Estados Unidos, Japão e Austrália, tocando em estádios e fazendo começar a chamada Maidenmania. Foi nessa época também que alguns grupos religiosos começaram a acusar a banda de ter um cunho satânico, afirmando que as letras do Maiden estavam repletas de cantos demoníacos, invocando o demônio e vandalizando a mente da juventude. Toda essa polêmica surgiu por causa da canção "The Number of the Beast", pois foi justamente a alusão explícita ao Número da Besta (666) que fez a trilha fazer sucesso. Mas na verdade a canção foi feita a partir de um pesadelo que o baixista Steve Harris teve após ver o filme A Profecia. A banda sofreu um pouco com esses rumores e foi obrigada a colocar na frente dos discos um aviso de "letras explícitas".
Nessa mesma turnê, o produtor Martin Birch se envolveu em um acidente de carro com alguns fãs. O reparo do carro foi uma bizarra coincidência, contabilizado como £666, um preço que Birch se recusou a pagar, optando pelo valor de £668.[14]
Apesar das polêmicas, o ator Patrick McGoohan não se importou em permitir que uma famosa frase sua da série, The Prisoner (O Prisioneiro), da qual era o ator principal, fosse usada no início da música de mesmo nome.
Piece of Mind (1983)
Após o sucesso de The Number of the Beast, a banda adquiriu prestígio internacional, ganhando status de estrelas do rock. Antes de voltar ao estúdio em 1983, Clive Burr é demitido, pois não acompanhava o ritmo que a banda tomava e o planejamento para os próximos anos era pesado e cansativo, assim, tendo não agradado a banda, após receber uma segunda chance de re-adaptação, ele finalmente é demitido e as baquetas são assumidas por Nicko McBrain, que já era velho conhecido da banda, por abrir alguns shows com a banda em que tocava, o Trust. McBrain também já havia assumido as baquetas uma vez, quando Clive estava doente, e assim impossibilitado de tocar, essa oportunidade acabou gerando uma certa cortesia entre o Iron Maiden e ele. O Resultado disso, que logo após Clive ser demitido, ele foi a primeira opção dos membros da banda.
Piece of Mind (1983) com uma pegada mais psicodélica, instrumentos com som mais abafado, trazendo "Flight of Icarus", "The Trooper", "Where Eagles Dare" e as progressivas composições "To Tame A Land" e "Quest For Fire".
Na época as acusações de satanismo continuaram, causando controvérsias. No álbum Piece of Mind uma mensagem desse tipo foi colocada no início da canção "Still Life". Tocando-a ao contrário, pode-se ouvir o baterista McBrain dizer: "Hmm, Hmmm, what ho sed de t'ing wid de t'ree bonce. Don't meddle wid t'ings you don't understand", seguido por um arroto. McBrain mais tarde admitiu que o trecho eram suas impressões sobre Idi Amin Dada. Ela diz o seguinte: "What ho, said the monster with the three heads, don't meddle with things you don't understand."
No mesmo álbum, o renomado escritor Frank Herbert teve um conflito com a banda quando eles pediram permissão para compor uma canção com o nome "Dune". Herbert não só recusou a reivindicação, como proibiu que o Maiden usasse qualquer citação do livro na canção. Steve Harris ainda tentou um encontro com o escritor, mas obteve a resposta do agente de Herbert, de que o escritor não gostava de bandas de rock, especialmente de bandas de rock pesado, como o Maiden. Por causa desse empecilho judicial, a canção foi renomeada como "To Tame A Land".
Powerslave (1984)
Powerslave (1984) Também sucesso de vendas,tornou-se um dos álbuns mais bem recebidos pelos fãs. Destaque para "Aces High", "2 Minutes to Midnight", a faixa título "Powerslave" e o épico "Rime of the Ancient Mariner". A World Slavery Tour foi a maior turnê da história do Iron Maiden, que abrangeu o biênio 1984-1985 e com aproximadamente trezentas apresentações. Nenhuma banda tinha, até então, uma produção de palco como nesta turnê, onde se tinham sarcófagos, pirâmides, esfinges, pinturas até no chão e, é claro, um Eddie gigante, com mais de dez metros de altura. Live After Death (1985) representou o primeiro registro ao vivo da banda.
A banda tocou para grandes audiências na América do Sul, Ásia, Austrália e Estados Unidos.
Todos estes 3 álbuns continham riffs bem feitos, diversas mudanças de estilo na música, com um casamento entre letra e instrumental. O Iron Maiden quase nunca cantava sobre drogas, sexo, bebida ou mulheres. As letras das músicas da banda, diferentes das outras bandas de Heavy metal, eram baseadas na literatura inglesa e em fatos históricos, com influência nas histórias celtas, e em exaltação a satanás (Satanismo).
Experimentos
Somewhere in Time (1986)
Somewhere in Time (1986) com "Caught Somewhere In Time", "Stranger in a Strange Land", "Heaven Can Wait" e "Wasted Years" foi o álbum seguinte. A banda decidiu inovar, fazendo experiências utilizando guitarras sintetizadas pela primeira vez.[15] Somewhere in Time não é um álbum conceitual, porém todas as suas músicas tem uma temática relacionada a viagens, longas jornadas e tempo.
[editar] Seventh Son of a Seventh Son (1988)
Em 1988, mais uma vez, a banda tentou algo diferente para o seu sétimo álbum de estúdio, Seventh Son of a Seventh Son. Este é um álbum conceitual, mostrando a história de uma criança que era possuída pelos poderes de vidência. O disco foi baseado no livro The Seventh Son de Orson Scott Card. Foi o disco mais experimental do Maiden até hoje, e é muitas vezes lembrado como o fim dos "tempos de ouro" da banda com a saída do guitarrista Adrian Smith.
Adrian saíra alegando diferenças musicais, embora também pretendesse resgatar um antigo sonho que era o de formar sua própria banda, que resultaria no projecto A.S.A.P de 1989. Uma grande turnê se formou ao longo de 1988, tendo como bandas de abertura, Guns N' Roses, Megadeth e Metallica.
Segunda fase
No Prayer for the Dying (1990)
Pode-se dizer que o grupo tenha tido duas fases, pois, pela primeira vez em sete anos, a formação da banda sofreu uma mudança, com a perda do guitarrista Adrian Smith. Smith foi substituído por Janick Gers que tinha participado no primeiro disco solo de Bruce Dickinson (Tattooed Millionaire) e em 1990 eles lançaram No Prayer for the Dying. Esse álbum voltou com um Maiden mais pesado e cru que os do "tempo de ouro", mas as letras foram consideradas mais fracas e simples, e a música não parecia tão desafiadora como nos álbuns passados.[16] O vocalista Bruce Dickinson também começou com algumas mudanças no timbre de voz. Mesmo com todos esses imprevistos, o álbum fez sucesso e teve diversos compactos bastante tocados como "Holy Smoke" e "Bring Your Daughter... to the Slaughter", canção composta por Bruce para o filme Nightmare on Elm Street IV (A Hora do Pesadelo IV).
Antes do lançamento de No Prayer for the Dying, Bruce Dickinson lançou oficialmente sua carreira solo e conseguiu conciliar com o Iron Maiden (Gers era o guitarrista). Ele continuou com a turnê em 1991 antes de retornar a estúdio com o Iron Maiden para lançarem Fear of the Dark.
Fear of the Dark (1992)
Lançado em 1992, Fear of the Dark é um dos mais bem-sucedidos álbuns da banda em termos de vendas. Com músicas muito populares como "Wasting Love", "Fear of the Dark" , "Be Quick or Be Dead", "From Here to Eternity" e "Afraid to Shoot Strangers" uma crítica à guerra.
Mesmo com o metal perdendo espaço para o Grunge em 1992, os Maiden continuavam a encher estádios em todo o mundo. Dickinson continuava com seu estilo de cantar. Em 1993, houve uma grande perda, quando o vocalista saiu do grupo para seguir sua carreira solo. Bruce queria explorar outras vertentes do rock, mas aceitou permanecer na banda até o final da turnê, o que resultou no lançamento de diversos álbuns ao vivo. O primeiro, A Real Live One, que trazia as canções de 1986 a 1992, foi lançado em Março de 1993. O segundo, A Real Dead One trazia as canções de 1980 a 1984 e foi lançado logo após a saída de Bruce. Ele fez sua última apresentação com a banda (até voltar em 1999) em 28 de Agosto de 1993. A apresentação foi filmada pela BBC, transmitido para todo o mundo ao vivo e lançado em vídeo com o nome de Raising Hell.
Mudança
Para substituir Bruce, em 1994 houve uma eleição para escolher o novo vocalista do Iron Maiden. O vencedor da disputa foi o até então desconhecido vocalista da banda Wolfsbane, Blaze Bayley. Blaze mostrava um vocal semelhante ao de Bruce, porém um pouco mais sombrio, e por isso algumas canções na banda seguiram um aspecto sombrio para combinar com seu timbre de voz.
The X Factor (1995)
A decisão não agradou os fãs do Maiden , que já estavam acostumados com o vocal marcante de Dickinson. Após uma parada, a banda retornou em 1995 com o álbum de setenta minutos, The X Factor. Este disco tem a sonoridade mais distinta em toda a discografia da banda. O baixista Steve Harris passava por sérios problemas pessoais com seu divórcio e a morte de seu pai, o que resultou em canções obscuras, depressivas e lentas (o álbum contém quatro faixas sobre guerras). As canções do álbum que se destacam são "Blood on the World's Hands", "Fortunes of War" e "Sign of the Cross", a última com onze minutos, cantos gregorianos e alterações bruscas de andamento. A turnê passou por locais nunca visitados pelo Maiden antes como África do Sul, Israel e outros países asiáticos.
Virtual XI (1998)
A banda gastou a maior parte do ano de 1996 viajando, voltando ao estúdio e desenvolvendo o álbum seguinte, Virtual XI. Contudo, o vocal de Bayley ainda estava bastante diferente para o gosto dos fãs do Maiden. Isso levou a grande parte do público a não comprar o álbum e Virtual XI não foi um sucesso, sendo o primeiro álbum da banda sem atingir a marca de um milhão de vendas pelo mundo, o que, junto com constantes deslizes vocais ao vivo, acabou sendo a senha para a saída de Bayley. Os conflitos passaram de musicais para pessoais.
Retorno
Em 1999, Blaze Bayley foi retirado da banda, aparentemente por consenso mútuo. Meses depois, a banda anunciou que Bruce Dickinson e o guitarrista Adrian Smith estavam retornando, o que significava que a formação clássica de 1983-1989 estava mais uma vez formada. Também Janick Gers iria continuar com os dois guitarristas clássicos: o Maiden seria a primeira banda desde o Lynyrd Skynyrd a ter três guitarristas. Logo depois do anúncio, o grupo fez uma turnê mundial, para celebrar a reunião, que foi um grande sucesso.
Brave New World (2000)
Em 2000, um novo período começou para o Maiden com a volta de Bruce e Adrian, com a banda lançando o álbum Brave New World. As canções são mais longas e as letras falam sobre temas obscuros e críticas sociais. O grupo ganhou uma nova legião de fãs, apesar do estilo indefinido que a banda apresentou, numa tentativa de retornar às origens do Heavy metal tradicional, e ora pendendo para algo que alguns fãs arriscam chamar de Metal progressivo. A turnê mundial foi estendida até Janeiro de 2001 com uma apresentação no famoso festival Rock in Rio, que reuniu um público estimado de 240 mil pessoas[18] e rendeu um DVD de sucesso. Foi o retorno do grupo ao Brasil e também ao topo das paradas, visto a má fase da era Blaze Bayley.
Dance of Death (2003)
Em 2003 foi lançado Dance of Death, que ganhou disco de ouro em diversos países[19][20][21][22][23][24] O conjunto também conseguiu promover alguns vídeos musicais na MTV trazendo novos fãs para a banda. Tanto Brave New World quanto Dance of Death foram considerados pelo site Metal-Rules.com como os melhores álbuns de Metal de 2000 e 2003, respectivamente.[
Em 2005, o Maiden anunciou uma turnê em comemoração aos 25 anos do lançamento do primeiro álbum e o trigésimo aniversário da primeira formação. A banda foi para a turnê mundial para divulgar seu novo DVD, intitulado The Early Days, em que o grupo celebra as músicas do período de 1976-1983. Também foi lançado um álbum ao vivo em 2005 intitulado Death on the Road, sendo que essa mesma apresentação foi lançada em DVD em 2006, DVD este que conta ainda com um disco extra com um documentário de noventa minutos mostrando os bastidores das gravações do álbum e da turnê mundial do Dance of Death, uma volta aos espetáculos teatrais e as mega produções dos anos 1980.
A Matter of Life and Death (2006)
Em 2006 a banda lança o décimo quarto álbum de estúdio, A Matter of Life and Death, com canções mais longas que o habitual do Iron Maiden. O álbum traz algumas características progressivas, que a banda já vinha apresentando nos últimos álbuns, porém agora nesse álbum com maior intensidade, junto com um som mais pesado que o mostrado anteriormente pela banda. Este álbum vem sendo considerado pela crítica especializada como um dos melhores álbuns já feito pela banda, sendo considerado pela revista Classic Rock o álbum do ano de 2006, e obtendo uma classificação de cinco estrelas (classificação máxima) da revista Kerrang!, que neste mesmo ano elegeu o Iron Maiden como banda mais importante nos 25 anos de existência da revista. Em 2007, a banda faz uma turnê batizada de A Matter of the Beast Tour, comemorando os 25 anos de lançamento do The Number of the Beast. Neste ano ainda tocam como atração principal mais uma vez no Donnington Download Festival. Em agosto de 2007 a banda anuncia a próxima turnê que se chamará Somewhere Back In Time World Tour, que vai ser uma volta ao passado, onde a banda executará apenas canções dos anos 1980 (para os fãs novos também haverá uma canção dos anos 90).
O Ed Force One, um
Boeing 757-200 da companhia Astraeus utilizado pela banda.
Em fevereiro de 2008, inicia-se a Somewhere Back In Time World Tour na India, e a bordo do Ed Force One (Boeing 757 oficial da banda pilotado por Bruce Dickinson), eles passaram por muitos países (incluindo o Brasil) em agosto de 2008 tocando para mais de 3 milhões de pessoas em estádios e arenas. Em 2009 eles voltaram para a última parte da tour do Somewhere Back In Time que finaliza 90 apresentações e com mais 6 shows no Brasil, onde tocam pela primeira vez no Recife, Belo Horizonte, Manaus e Brasília. O filme Flight 666 chega aos cinemas mostrando como é a vida da banda na estrada durante a primeira perna da tour de 2008. Em 15 de março de 2009, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, a banda realizou o maior show da história do estado, tendo os organizadores estimado em 63 mil espectadores.
The Final Frontier (2010)
Durante a turnê Somewhere Back In Time em 2008, Bruce Dickinson anunciou nos concertos que ainda no mesmo ano começariam os preparativos para o novo álbum. Mas como a turnê se estendeu, o prazo para um novo CD também. Em entrevista à revista BANG, Adrian Smith disse: "No final do ano nós iremos compor novamente, ensaiar e gravar no início do ano que vem. Então voltaremos à estrada novamente ano que vem. Kevin Shirley trabalhará conosco e provavelmente faremos as gravações onde já gravamos muito no passado.".[27]
No dia 1º de Janeiro, o baterista Nicko McBrain disse a Eddie Trunk – co-anfitrião do programa de televisão VH1 Classic "That Metal Show", que tem um programa de rádio de longa duração, "Friday Night Rocks", em Nova York, Q104.3 FM – que a banda entraria em estúdio em algumas semanas para começar a trabalhar em um novo CD. De acordo com o Trunk, Nicko disse "que haviam cerca de oito canções escritas até agora, provavelmente precisam aparecer algumas novas canções durante a gravação". "[Ele acrescentou que] o material será um pouco diferente do que álbuns anteriores e que foram tomando seu tempo com o cronograma de gravação".
O guitarrista Janick Gers revelou à BBC News, em Novembro que a banda estava a caminho "para Paris por três semanas para trabalhar em algumas coisas novas." Ele acrescentou:
"A coisa mais importante para uma banda é a criação de novas músicas, caso contrário, não será válido – se torna uma paródia"
Glenn Hughes, famoso por trabalhos com Deep Purple e Yngwie Malmsteen, postou recentemente em seu twitter que em conversa com o produtor Kevin Shirley, descobriu que o Iron Maiden está nas Bahamas produzindo o novo álbum. Bahamas é um local mágico para o Maiden, foi lá que gravaram álbuns históricos como "Piece of Mind", "Powerslave" e "Somewhere in Time".[29] O álbum foi lançado no dia 16 de agosto de 2010 como confirmado no site da banda assim como a tracklist. A música El Dorado do novo CD foi a primeira a ser divulgada.[30]
Em 7 de maio, Kevin Shirley comentou sobre a fase final de produção do álbum:
"Bruce Dickinson voou a alguns dias e cantou todas as suas partes antes de voar para os quatro cantos do globo e Steve Harris ficou para trás para terminar o disco comigo. Ele é muito prático. Adrian Smith chegou a tempo de ouvir o trabalho, e como em qualquer banda, nem todos têm o mesmo resultado final em mente, mas nós chegaremos lá."
Sobre o retorno da banda para Compass Point Studios, Onde havia gravado anteriormente na década de 1980, o vocalista Bruce Dickinson comentou:
"O estúdio tem a mesma vibração e é exatamente como era em 1983. NADA mudou! Até um abajur quebrado no canto... o mesmo carpete... tudo... É realmente assustador. Mas nos sentimos muito à vontade em um ambiente tão familiar e onde já vivemos tanto e eu acho que isto surtiu efeito na maneira de tocar e na atmosfera do álbum."
Comenta o baixista e fundador Steve Harris:
"Estamos muito empolgados sobre esta tour. Acho que os fãs realmente gostarão da nova produção de palco e luzes e também lançaremos uma das novas faixas do álbum, "El Dorado". Nossos fãs do Texas serão os primeiros a ouví-la e será interessante ver a sua reação e como funcionará com a multidão nesta noite. Eddie estã um pouco diferente nesta tour, e é possívelmente o mais agressivo até hoje... Não posso falar muito dele pois não quero estragar a surpresa, mas garanto que ele vai apavorar vocês!"
Em 5 de junho, o site oficial da banda abriu para uma tela de contagem regressiva que contou até 00:01 (UTC) em 8 de junho. No final da contagem regressiva, o esperado anúncio revelou a capa do álbum, data de lançamento e anúncio faixa, bem como proporcionar um download gratuito da faixa "El Dorado".
Melvyn Grant, Um colaborador de longa data a arte da banda, criou a arte da capa do álbum, bem como o primeiro single, "El Dorado".
The Final Frontier World Tour começou em Dallas em 9 de junho com 25 shows em grandes cidades dos EUA e Canadá, tocando para 350.000 fãs ou mais. Em seguida a tour embarcou para a Europa, a partir de Dublin em 30 de julho e tocou em alguns dos maiores festivais e estádios, indo finalmente para Valencia, Espanha, em 21 de agosto, e incluindo um show na Transilvânia.
Imagem e legado
O Iron Maiden está na posição 24 no ranking dos "100 Melhores Artistas de Hard Rock", segundo o canal VH1 e na 4ª posição das "10 Maiores Bandas de Heavy Metal de Todos os Tempos", segundo a MTV. A banda recebeu um Prêmio Ivor Novello e foi adicionada à Calçada da Fama de Hollywood.[5]
A banda frequentemente usa o slogan "Up the Irons" nas capas de seus discos e vende vários conteúdos oficiais, como camisetas contendo a frase. "The Irons" é o apelido do clube inglês West Ham United, no qual o baixista Steve Harris torce.
As canções da banda já foram utilizadas em diversos videogames, incluindo Carmageddon, Grand Theft Auto: Vice City, Grand Theft Auto IV: The Lost and Damned e Tony Hawk's Pro Skater 4.[34] Elas também aparecem nas séries de jogos musicais, Rock Band e Guitar Hero.
Mascote da Banda
Eddie em um show do Iron Maiden.
O mascote da banda é um morto-vivo chamado Eddie the Head. Ele aparece nas capas de "quase" todos os álbuns do Iron Maiden. Eddie é originalmente criação de Derek Riggs, mas já teve traços de vários artistas, como Melvyn Grant no álbum Fear of the Dark. Ele também estrelou um jogo de tiro chamado Ed Hunter, além de diversas histórias em quadrinhos.
A banda tinha originalmente uma grande máscara (Kabuki) de uma carriola que ficava embaixo das baterias nas apresentações, e que por tubos soltava sangue falso (tinta vermelha) pelo nariz, sujando todo o cabelo do baterista Doug Sampson. A máscara foi batizada de "Eddie, a Cabeça" (Eddie the Head) e acabou se transformando no mascote da banda. Acabaria ganhando um corpo somente a partir da capa dos primeiros compactos.
Uma curiosidade é que o personagem do jogo Brütal Legend, Eddie Riggs tem seu primeiro nome em homenagem ao mascote, e o sobrenome em homenagem ao seu criador (Derek Riggs).